Educando na fé: criança na missa

“Deixai as criancinhas virem a mim” (Lc 18, 16)

Pensando nos desafios da catequese familiar, abordaremos algumas dificuldades que os pais têm ao assistirem a santa missa com seus filhos, seguidas de orientações/sugestões sobre como lidar com as adversidades.

Talvez ir diariamente à missa com crianças não seja viável por diversos motivos, mas é importante levá-las a missa dominical, pois, quando atingirem a idade da razão, terão gosto em cumprir o mandamento de guardar os domingos e dias santos, e poderão se dispor a assistirem-na diariamente.

É dever do pai e da mãe educar seus filhos, ensiná-los a se comportarem bem. Se uma criança faz escândalos, grita, corre dentro da Igreja, isso pode ser um sinal de que há falhas na educação que os pais transmitem — lembrando que isso não é uma regra, pois existem dias mais difíceis que os outros. Não se pode deixar de ir à missa depois que os filhos nascem com a desculpa de que as crianças não conseguem ficar quietas, caladas dentro da Igreja; afinal, elas não nasceram sabendo, somos nós que as instruímos.

É importante lembrar que, quando a criança atinge a idade da razão, ela não entenderá instantaneamente como se comportar durante a missa; assim, trata-se de um aprendizado gradual, de pouco a pouco.

Primeiramente, devemos dar o exemplo de como se comportar; em segundo lugar, devemos catequizar as crianças, ensinando-as desde a mais tenra idade. No início, como forma de instruir e de fazê-las prestar atenção a missa, é natural que o pai ou mãe, de forma discreta e num tom de voz o mais baixo possível, explique parte a parte o que se passa.

Posso sair da Igreja para acalmar a criança? Não se trata de poder ou não: é preciso ter temperança, não sair a qualquer agitação. Porém, quando a situação estiver insustentável, podemos sair discretamente para não correr o risco de causar uma comoção geral.

A temperança perpassa todas as coisas na vida. Por isso, uma criança mais crescida não pode se comportar como um bebê de colo que dorme durante a missa. O estabelecimento de rotina ajudará a criança entender que a Igreja não é um lugar para dormir, nem para brincar ou comer. Certamente os bebês de peito serão amamentados, mas crianças maiores podem ficar um intervalo maior de tempo sem comer.

Algumas particularidades que podem nos ajudar a assistir melhor a missa são: entender a personalidade de cada criança, escolher horários mais tranquilos, compreender as necessidades de cada fase dos filhos (idade), prepará-los exteriormente (roupas adequadas e bonitas), prepará-los interiormente (música sacra, oração, leitura espiritual, ilustrações, imagens).

Cumprir o dever de estado (ser pai/mãe) sem deixar de assistir a santa missa é cumprir duplamente esse dever, ensinando e dando o exemplo. Não nos frustremos se nem todas as vezes tenhamos sucesso em fazê-los estar atentos, ou se eles acabarem fazendo tudo ao contrário. É preciso persistência, pois, com o tempo, assistir a Missa será um hábito e eles agirão naturalmente.

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