Maio é tradicionalmente conhecido como mês das noivas e muitos optam por se casar exatamente neste período, quando as datas são bastante concorridas. Mas, além da data do casório, outras questões são importantes para este momento. Na exortação pós-sinodal Amoris Laetitia, o Papa Francisco dá nove dicas para preparar o dia do casamento:
1. Não se concentrem nos convites, vestido ou festa
O Papa pede para não se concentrar demais nos inúmeros detalhes que consomem recursos econômicos e energia dos noivos, porque assim chegam ao casamento já cansados. Em vez disso, indica a necessidade de dedicar suas melhores forças para se preparar como casal para este grande passo. “Esta mesma mentalidade subjaz também à decisão de algumas uniões de fato que nunca mais chegam ao matrimônio, porque pensam nas elevadas despesas da festa, em vez de darem prioridade ao amor mútuo e à sua formalização diante dos outros” (AL, 212).
2. Optem por uma festa austera e simples
“Queridos noivos, tende a coragem de ser diferentes, não vos deixeis devorar pela sociedade do consumo e da aparência. O que importa é o amor que vos une, fortalecido e santificado pela graça. Vós sois capazes de optar por uma festa austera e simples, para colocar o amor acima de tudo” (AL, 212).
3. O mais importante é o sacramento e o consentimento
“Preparem-se para viver com grande profundidade a celebração litúrgica e perceber o peso teológico e espiritual do consentimento para o casamento. As palavras que dirão não se reduzem ao presente, mas “implicam uma totalidade que inclui o futuro: ‘até que a morte vos separe” (AL, 214).
4. Deem valor e peso para a promessa que farão
O Papa recorda que o sentido do consentimento mostra que “liberdade e fidelidade não se opõem uma à outra, aliás apoiam-se reciprocamente”. Pensem os danos que produzem as promessas não cumpridas. “A honra à palavra dada, a fidelidade à promessa não se podem comprar nem vender. Não podem ser impostas com a força, nem guardadas sem sacrifício” (AL, 214).
5. Recordem que estarão abertos à vida
Lembre-se de que um grande compromisso, como o que expressa o consentimento matrimonial e a união dos corpos que consume o matrimônio, quando se trata de dois batizados, só pode ser interpretada como sinal do amor do Filho de Deus feito carne e unido com sua Igreja em aliança de amor. Assim, “o significado procriador da sexualidade, a linguagem do corpo e os gestos de amor vividos na história dum casal de esposos transformam-se numa continuidade ininterrupta da linguagem litúrgica e a vida conjugal torna-se de algum modo liturgia” (AL, 215).
6. O matrimônio não é de um dia, dura a vida inteira
Tenham em mente que o sacramento que celebrarão “não é apenas um momento que depois passa a fazer parte do passado e das recordações, mas exerce a sua influência sobre toda a vida matrimonial, de maneira permanente” (AL, 215).
7. Rezem antes de se casar
“Não seria bom chegar ao casamento sem ter rezado juntos, um pelo outro, pedindo ajuda a Deus para serem fiéis e generosos, perguntando juntos a Deus o que Ele espera de vocês. Quem os acompanha na preparação do matrimônio deveria orientá-los para que saibam viver estes momentos de oração, que lhes podem fazer muito bem” (AL, 216).
8. Consagrem seu matrimônio à Virgem Maria
Antes de começar a vida matrimonial, rezem “inclusive consagrando o seu amor diante duma imagem da Virgem Maria” (AL, 216).
9. O casamento é uma ocasião para anunciar o Evangelho
“A liturgia nupcial é um evento único, que se vive no contexto familiar e social duma festa. Recordem que Jesus iniciou seus milagres nas boas de Caná: o vinho bom do milagre do Senhor, que alegra o nascimento de uma nova família, é o vinho novo da Aliança de Cristo com os homens e mulheres de cada tempo. Portanto, o dia do seu casamento será uma preciosa ocasião para anunciar o Evangelho de Cristo” (AL, 216).
FONTE: ACI Digital com adaptações dos Missionários Campus Fidei