Cuidando do nosso “templo do Espírito Santo”

“Corpo e alma, mas realmente uno, o homem, na sua condição corporal, reúne em si mesmo os elementos do mundo material, que assim nele encontram a sua consumação e nele podem louvar Livremente o seu Criador. Por isso, não é lícito ao homem menosprezar a vida do corpo. Pelo contrário, deve estimar e respeitar o seu corpo, que foi criado por Deus e que há de ressuscitar no último dia.” (CIC, 364)

Como católicos, nós professamos a crença de que somos uma união de corpo e alma. Mas o que isso significa no nosso dia a dia?

Isso significa que precisamos fazer um trabalho muito melhor em viver uma vida integrada, na qual não haja divisão entre corpo e alma. Nosso Deus, a própria Verdade, tomou nossa natureza humana, nossa carne, para nos trazer a vida eterna. Então não deveria essa teologia do corpo entrar um pouco mais em nossas vidas cotidianas?

À medida que incorporamos uma vida mais saudável e o cuidado com nossos corpos em nossas rotinas, não somente aprendemos a enxergar a correlação entre oração, espírito, corpo e mortificação, mas também incorporamos verdadeiramente a prática da virtude, fortaleza, desapego, confiança, paciência e alegre tolerância ao sofrimento em nosso dia a dia.

Nós reconhecemos que glorificar a Deus em nosso corpo e cuidar desse “templo do Espírito Santo” (1 Cor 6,19) é uma prática diária que deve perdurar por toda nossa vida. Isso pode ser assustador. Relembre, porém, que Deus nos chama repetidas vezes nas Sagradas Escrituras para “não ter medo”. Então vamos permitir que o “perfeito amor lance fora o temor” (Jo 1,4-18) e entrar nessa jornada de crescer e treinar juntos nosso corpo e nossa alma, que são integrados.

O treino

Eu gosto de começar todo treino com uma oração. E quando o treino se torna difícil e eu quero parar, eu gosto de recomeçar e oferecer o sofrimento contínuo da minha próxima série ou das minhas últimas repetições a Deus. Eu também acho que o trabalho de cada dia deveria começar com uma oração, ouvindo a Deus. Toda vez que não começo assim, sempre posso notar a diferença, e não é uma boa diferença. Então para o nosso treino aqui, começaremos no início do dia – com oração.

Quando acordar, procure silêncio e quietude. Agradeça a Deus pelas primeiras três coisas que vierem à sua mente. Algumas vezes, essas três coisas vão te surpreender, especialmente se forem coisas pelas quais normalmente você não agradeceria! No exercício dessa prática, eu me peguei dando graças por tudo, desde a família, o dom da vida e minha casa até coisas como a dor física, contas que tenho que pagar e momentos embaraçosos do dia anterior. Essa prática nos ensina a “ter por motivo de grande alegria, meus irmãos, o serdes submetidos a múltiplas provações” (Tg 1,2).

Depois, gaste os próximos cinco minutos em silêncio. Não comece a rezar um rosário, não peça nada a Deus – apenas sente-se e escute. Se está procurando focar sua escuta, você pode meditar sobre o que você tem expressado sua gratidão, mas realmente tente dar espaço para Deus falar no silêncio.

Agora, para a parte física. Comece com algo simples (mas não necessariamente fácil!). Três vezes nessa semana, você fará exercícios até falhar (o que significa que não importa o quanto você tente, é impossível completar mais uma repetição). Duas vezes essa semana, você andará ou correrá em uma subida (ou em uma esteira inclinada) dependendo do seu nível de saúde.

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[Nota da tradução: o texto foi tirado de uma coluna de uma revista onde o autor publica, semanalmente, um texto falando da importância teológica de nosso corpo e dando dicas de exercícios a serem feitos. A parte final, que descreve os exercícios, não será traduzida. Opte por fazer os exercícios que mais te agradam ou acesse o texto original e veja o que foi proposto pelo autor.]

Autor: Kaiser Johnson

Kaiser Johnson é um ator e escritor que redescobriu a fé católica enquanto ganhava um BFA em atuação pela Universidade de Minnesota.

Fonte: CatholicDigest

Traduzido por Guilherme Guimarães de Miranda – Membro da Rede de Missão Campus Fidei, servindo no Núcleo de Comunicação, além de atualmente participante do Grupo de Estudo São Pio em Brasília – DF.