O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.

Queremos nesta breve matéria comentar alguns pontos do Prefácio da Oração Eucarística. Para melhor nos situarmos, busquemos fazer memória da Santa Missa naquele exato momento em que o Sacerdote diz: “O Senhor esteja convosco” e nós respondemos: “Ele está no meio de nós”. É após este diálogo que temos o Prefácio da Oração Eucarística.

Esta parte anterior ao Prefácio da Oração Eucarística que é conhecida como Diálogo Invitatorial. O próprio nome já nos indica a natureza desta parte da Santa Missa. Se trata de um diálogo direcionado pelo Sacerdote que tem como objetivo convocar a Comunidade à participação.

“O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.”

Aqui temos presente um elemento Eclesiológico. O sacerdote convida a comunidade a tomar consciência de que não somos capazes de realizar nada sem Deus. Recorda a manifestação da Igreja na Liturgia. A Resposta indica a tomada de consciência. Somos convocados pela Palavra e Reunidos pela Graça.

Corações ao alto. O nosso coração está em Deus.

Aqui temos os Elementos Antropológicos. Os corações são as sedes das decisões. No coração temos o movimento mais profunda da identidade humana. Se nosso coração está em Deus, lá está também nossa decisão de amar, nossa decisão irrevogável de não viver para nós.

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação.

É aqui que, claramente, temos nossa participação na Ação de Graças, na Eucaristia. Há um sentimento de gratidão que foi gerado em nós e neste movimento reconhecemos o “Eu” (melhor) + “Charis” (dom), ou seja, o Dom Supremo de Deus.

A partir do reconhecimento que somos Igreja e nada podemos sem Deus, supondo nossa natureza humana de tomar a decisão plena por Deus, nós nos tornamos capazes de participar desta Ação de Graças.

Seguindo a liturgia, logo em seguida vem o próprio Prefácio da Oração Eucarística. Existem três elementos principais que vamos destacar e explicar. A oração a seguir é apenas um exemplo das várias e possíveis orações que podemos ter na Santa Missa.

“Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso…”

Convite ao Louvor. Há a repetição dos elementos anteriores para garantir a unidade da oração. Deve estar presente ao menos 4 elementos: necessário, justo, dever e salvação.

“… Ele é a vossa palavra viva, pela qual tudo criastes. Ele é o nosso salvador e redentor, verdadeiro homem, concebido do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria. Ele, para cumprir a vossa vontade e reunir um povo santo em vosso louvor, estendeu os braços na hora da sua paixão a fim de vencer a morte e manifestar a ressurreição…”

Motivo do Louvor. Aqui identificamos o motivo principal pela qual nos unimos a Deus, que é a Encarnação, Vida, Morte e Ressurreição de Cristo que nos salvou e redimiu. Nesta oração específica, podemos destacar o elemento histórico salvífico: Sua morte na Cruz e Ressurreição.

“…Por ele os anjos celebram vossa grandeza e os santos proclamam vossa glória. Concedei-nos também a nós associar-nos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz.”

Por fim, o Sujeito do Louvor. Aqui aparecem os elementos: Anjos e Santos e nós (homens), que representam a totalidade de toda a Igreja que eleva a Deus o louvor.

Na próxima celebração eucarística que participarem, estejam atentos ao prefácio. E quando possível, deixe abaixo seu comentário do que achou mais interessante.

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