Pentecostes: o ruído de um forte vento!

A história de Pentecostes é familiar, e realmente deveria ser. Nós precisamos conhecer essa história. Pentecostes muda tudo. Em um momento, a inteira ordem da humanidade se altera. Criaturas amadas não são mais apenas criaturas, mas filhos do Pai Amoroso. É através do Espírito Santo que clamamos “Abba” (Rm 8, 15). Nesse momento, Deus, o Deus vivo, passa a habitar nas criaturas humanas.

Maravilhe-se com isso!

Não é apenas uma ideia de Deus, ou uma lasquinha de Deus, mas a real presença de um Deus Vivo. O Espírito Santo é Deus, assim como o Pai é Deus, assim como o Filho é Deus. Em Pentecostes, o Espírito Santo invade a criação de uma maneira nova. O Todo-Poderoso vem habitar na nossa carne humana! Ele não faz isso de forma secreta ou gradual. Ele nos transborda.

Coloque-se na história. Abrir sua bíblia em At 2, 1-4 pode te ajudar. É uma cena dramática. Os apóstolos estão reunidos em um local e, de repente, vem do céu um “ruído como de um vento forte”. Ele não começa como um sussurro, ou como uma brisa leve. Não é gradual. As Escrituras dizem “De repente”. A palavra hebraica para espírito, ruah, é traduzida como vento ou respiro. Em Pentecostes, o ruah de Deus explode na realidade, preenchendo o espaço com o som de um furacão. É possível que os apóstolos, uma vez escutando o vento, imediatamente o tenham associado ao Espírito Santo, mas – prontos ou não – deve ter havido um pouco de terror.

Encontrando o Deus Vivo



Como se o vento não bastasse, apareceram também “línguas de fogo”. Note, a Escritura não diz “chamas como as de vela”. Uma língua de fogo não pode ser encontrada em um vela. A chama é muito pequena. A língua é como chamas que saltam da fogueira e encontram o ar. Veja um grande fogo e você vai perceber que há um certo perigo selvagem e rebelde nele. Essas línguas de fogo não apareceram no meio deles, mas “se repartiram e pousaram sobre cada um deles”. O Espírito Santo não está distante. O fogo dele não é para nos esquentar por fora, mas vem diretamente a nós. 

O temor de Deus é um dos dons associados ao sacramento da Confirmação. Não é algo abstrato. Não é um conceito intelectual. Temor de Deus é o estado natural quando uma pessoa encontra o Deus Vivo. Naquele momento, definitivamente, não era nada abstrato para os apóstolos. Mesmo que eles tenham imediatamente entendido que aquilo era a presença de Deus, eu não acredito que isso tenha lhes tirado o temor. Naquele momento, Deus revela que o Espírito Santo não é uma força domesticada. É selvagem e imprevisível. É também claro que naquele momento não foi derramada uma pequena porção do Espírito Santo, mas o Espírito Santo que transborda, “como um vento forte… línguas como de fogo”.

Faça isso sua realidade

A história de Pentecostes existe por uma razão. Deus quer que saibamos que Ele está conosco, e que sua presença em nossas vidas não é uma pequena porção. É sua completude e imponência.

Considerando o que nós aprendemos sobre o Espírito Santo pela história de Pentecostes, o desafio do Cristão moderno é: Eu acredito que esse mesmo assustador e poderoso Espírito Santo ainda reside na Igreja? Eu creio que esse Espírito Santo reside em mim? Eu permito o senhorio do Espírito Santo na minha vida para que eu possa encontrar e experimentar esse temor? Eu vou convidar Deus para ser incontrolável na minha vida?

O Espírito Santo é Deus. Ele não pode fingir ser outra coisa. A menos que entreguemos a Deus a permissão para ser quem Ele é, Senhor das nossas vidas, Pentecostes vai ser apenas uma história maravilhosa. Quando damos permissão a Ele, se torna a nossa realidade.

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Autor: Chris Mueller

Fonte: Ascension Press

Traduzido por Maria Augusta Viegas – Membro da Rede de Missão Campus Fidei.

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