Algumas reflexões vêm à mente em relação a sua pergunta (que, aliás, é uma ótima questão a ser abordada). Em primeiro lugar, vamos refletir sobre o que a Igreja Católica ensina sobre Maria e a oração. Maria não é vista como uma fonte de graça em si mesma; isso está reservado a Deus. A Igreja, em vez disso, ensina que Ela é uma intercessora muito poderosa em nosso favor. Portanto, é útil garantirmos que as nossas orações refletem o seu papel como intercessora e que não estamos investindo-a com um poder que realmente pertence a Deus.
Dito isto, há muitas razões pelas quais os católicos pedem a intercessão de Maria. Conversei com mulheres que amam orar a Maria porque sabem que Ela as entende como mães, ou como esposas, ou simplesmente como mulheres, ponto final. Uma mulher que conheço que já teve câncer uterino falou sobre como Maria era uma grande parte de sua vida de oração naquela época, porque ela sentia que Maria realmente entendia sua dor ao saber que nunca seria capaz de ter filhos. O papel de Maria como mãe também a torna muito reconfortante para muitos católicos, homens e mulheres. Não há nada de errado com isso.
Ainda assim, se você está preocupado com o quanto você ora a Maria, talvez seja útil refletir sobre a imagem que você tem do filho dela. Talvez você esteja tendo dificuldade em reconhecer o lado amoroso e gentil de Jesus. Talvez haja culpa ou dúvida que dificulte que você fale com Ele. Se você achar que é esse o caso, tente pedir as orações de Maria para aproximá-lo de Jesus. A própria vida dela, lembre-se, foi dedicada a levar seu Filho a pessoas como você e eu, tanto através do nascimento Dele quanto através do apoio à sua missão durante e após sua vida. Tenho certeza de que não existe algo que ela amaria mais do que ajudá-lo a construir esse relacionamento.
Para encerrar, aqui está uma excelente passagem da carta pastoral de 1973, da Conferência Nacional dos Bispos Católicos, “Behold Your Mother: Woman of Faith”. Gosto muito de como resume a relação entre Maria, Jesus e nossas orações:
“Venerar Maria corretamente significa reconhecer o seu Filho, porque ela é a Mãe de Deus. Amá-la significa amar Jesus, porque ela é sempre a Mãe de Jesus. Rezar a Nossa Senhora não significa substituí-la por Cristo, mas glorificar o seu Filho que deseja que tenhamos confiança amorosa nos seus Santos, especialmente na sua Mãe”.
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Autor: Ginny Kubtiz Moyer
É autora do premiado livro Mary and Me: Catholic Women Reflect on the Mother of God. Ela mora com a família na área da baía de São Francisco e tem um blog em randomactsofmomness.com.
Fonte: BustedHalo.
Traduzido por Guilherme Guimarães de Miranda – Membro da Rede de Missão Campus Fidei, servindo no Núcleo de Comunicação