Sempre foi curioso para mim como muitos rapazes e moças sofrem com a masturbação, mas como raramente encontramos pessoas que falam ou escrevem sobre isso. Quando eu era adolescente, eu sofri com isso, e quando olho para trás e vejo a jornada que me levou à libertação do meu pecado, percebo que havia diversas lições de vida que me desafiaram.
Assim como muitos rapazes e moças, eu justificava meu comportamento porque acreditava que isso não machucava ninguém. Por volta do meu ano de calouro na universidade, uma série de eventos na minha vida me motivaram a tentar parar. Acho que sempre enxerguei isso como um desafio. Só foi quando comecei a lutar contra o pecado que eu percebi o quanto eu era escravo desse comportamento. Por que a masturbação era um problema? Eu não conseguia parar – e não ter controle das minhas ações era algo que me assustava. Relembrando esse momento da minha vida, percebi que esse pecado sexual tinha infectado toda a minha mente, meus relacionamentos e minha identidade pessoal. A coisa mais assustadora que descobri sobre mim mesmo foi que eu fiquei apático para amar. Meu comportamento sexual me fez tratar toda mulher que conhecia como um objeto, para alimentar minha luxúria, ao invés de uma pessoa a ser tratada com amor, dignidade e respeito.
A guerra leva tempo, mas tiveram diversas coisas que aprendi lidando com meu próprio pecado:
A pureza é impossível sem a graça. Na primeira época em que comecei a tentar parar, eu frequentemente falhava. Somente quando comecei a rezar que comecei a encontrar algum tipo de força e apoio. Comecei a me voltar aos sacramentos para obter responsabilidade e apoio e rapidamente percebi que, por mais que as correntes ao meu pecado não fossem algo que eu poderia quebrar sozinho, com a graça de Deus, encontrei forças que eu não sabia que tinha.
A batalha é vencida na mente. Masturbação e outros pecados sexuais são hábitos ruins – e como qualquer hábito ruim, pode ser que sejam necessárias somente algumas semanas para pará-lo. A verdadeira batalha é vencida na mente. Antes de acontecer, a imaginação leva a pessoa à luxúria e a ação do pecado sexual segue os pensamentos que os precedem. A fim de romper com a ação, você precisa vencer a batalha dentro da sua cabeça. A melhor maneira é eliminando a pornografia, entretenimento inútil e comportamentos solitários e os substituir por amizades positivas, mensagens e perfis de encorajamento, a Sagrada Escritura e hábitos saudáveis.
Você encontrará confiança cada vez que vencer uma batalha. Quanto mais você supera a tentação, mais você vai encontrar a confiança de que você consegue vencer todas as vezes que a tentação vier. Inicialmente, a batalha contra a luxúria é muito difícil, porque você não está acostumado a oferecer resistência. Cada vez que você vence, a confiança aumenta e a força da tentação diminui. Se você vencer consistentemente, a tentação à luxúria perde seu poder e pode sumir quase por completo.
É melhor estar do outro lado da batalha. Eu nunca vou me esquecer do momento em que percebi que esse hábito de luxúria não tinha mais poder sobre mim. Foi uma sensação de liberdade que mudou minha vida. A experiência de alegria e liberdade era tão real que eu dei minha vida inteiramente a Deus – descobri que o amor de Deus em minha vida e Suas bênçãos sobre mim eram muito maiores do que as correntes daquele vício que me escravizou por anos.
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Autor: Everett Fritz
Everett adora falar sobre os temas de castidade, discipulado e evangelização dos jovens. Ele mora em Denver com sua esposa Katrina e seus três filhos.
Fonte: Chastity Project
Traduzido por Gabriel Dias – Membro da Rede de Missão Campus Fidei, servindo no Núcleo de Comunicação, no Núcleo de Formação e no Núcleo de Diakonia.